terça-feira, 10 de novembro de 2009

Especial Pais

Professora Graziella “Tia Grazi” (grazy.souza@hotmail.com)

Olá meus lindos e queridos leitores, perdoem-me pela ausência nessas duas últimas semanas, mas estou aqui novamente e hoje com uma matéria voltada mais uma vez aos pais. Espero que mesmo os filhos gostem bastante dela.

Os mitos da leitura


Não é assim tão difícil por uma criança a ler. A dificuldade pode ser apenas um erro de estratégia. Por Catarina Fonseca, in Activa Edição especial Filhos, nº4


Há quem ofereça o primeiro livro a um filho apenas quando este já sabe ler. E há quem se queixe que os livros só deviam ser lidos na escola. A verdade é que não há desculpas para que as crianças não leiam.


As crianças leem menos do que antigamente - Não é verdade, as crianças atualmente lêem muito mais do que esse tão famoso 'antigamente' para onde estamos sempre a fugir. O que acontece é que têm muito mais solicitações, que requerem menos esforço do que ler.

É difícil por uma criança a ler - Pois é, se só lhe puser um livro à frente quando fizer 6 anos. Uma criança deve começar a ler ainda antes de saber ler, quer dizer deve habituar-se à presença dos livros desde bebê. Claro que um bebê de seis meses não sabe ler, mas sabe ouvir, sabe ver os bonecos, sabe seguir uma lengalenga.

Os escritores escrevem livros demasiado difíceis para as crianças - O que acontece é que, se calhar, esses livros não são para a idade delas... Não são os escritores que têm de se adequar ao seu filho, é o seu filho que tem de escolher os escritores em função daquilo que vai sendo capaz de ler. Tente dar aos menores livros adequados à sua idade. Nem sempre é fácil distinguir, até porque os funcionários das livrarias nem sempre são grande ajuda, mas com prática chega-se lá. Peça opinião aos próprios miúdos sobre os livros que vão lendo.

É quase impossível arrancá-los do computador - Cada pessoa tem a sua forma de relaxar. Há quem jogue computador, há quem leia, há quem telefone aos amigos, há quem faça bolos de chocolate e há quem veja a telenovela. Pode sempre determinar um prazo que ache razoável para estarem ao computador, mas é contraproducente dizer: "Sai lá desse jogo e vai ler". Uma boa altura para criar o vício da leitura é à hora de dormir, por exemplo, e aí quase todas as pessoas conseguem arranjar meia hora para ler qualquer coisa.

Os meninos leem menos que as meninas- Talvez porque desde pequeninos sejam orientados mais para jogos de força e não de concentração, e porque são mais atraídos pelos jogos de computador, mas há muitos rapazes capazes de competir com as meninas em matéria de livros.

Não há nada a fazer se eles não leem - Há sempre qualquer coisa que se pode tentar. Se ele lê pouco, comece a dar-lhe livros que o façam rir, ou que tenham a ver com os interesses deles. Acima de tudo, mesmo que você almeje muito, não insista. Não sei se já reparou por experiência própria que nenhum de nós lê aquilo que toda a gente insiste conosco para ler. Se ele não pega mesmo em nada, pode ajudar começar a ler-lhe alto umas páginas antes de dormir, mesmo que ele já tenha 12 anos. Além disto, nunca obrigue a ler nada, nem ofereça recompensas para ler seja o que for, nem, escusado será dizer, castigue com umas horinhas a ler...

É preciso um pai leitor de Saramago para criar filhos leitores - Até um pai analfabeto pode criar filhos leitores. Claro que é mais provável que uma criança que cresça numa casa cheia de livros se torne leitora do que uma criança que cresça numa casa onde o único livro é a lista telefônica. Mas o que importa é o envolvimento dos pais. Se a criança vir a leitura como um ato valorizado, mais facilmente achará que ler aumenta o seu 'prestígio'. 'Ato valorizado' não quer dizer grandes sermões sobre aquilo que os livros podem fazer por eles, caso em que farão tudo na vida menos chegar perto deles. Quer dizer ouvir os pais falarem de algum livro que gostaram de ler, ou ver livros na mesa de cabeceira deles. E leitura não quer dizer necessariamente Saramago, pode ser o jornal da região, um livro de receitas, um romance da Barbara Cartland ou a sua revista preferida: o que interessa é o entusiasmo pela leitura, porque a paixão é muito mais contagiante do que uma ordem. Claro que também há crianças que crescem em casas cheias de livros e não lhes dão nenhuma atenção, mas aí geralmente é por overdose...

Torná-los leitores é obrigação da escola - Ensiná-los a ler, talvez, mas se a criança só contacta com os livros na escola e só pega neles para fazer um trabalho de casa, provavelmente nunca conseguirá ver um livro como um prazer, e se um livro não for um prazer, nunca se tornará num leitor. Guarde um cantinho em casa para ele ter a biblioteca dele e converse sobre aqueles que ele mais gostou de ler. Se tiver tempo de ler alguns deles será ainda melhor, porque saberá do que ele está a falar (mas isso é uma conversa descontraída, claro, não se vai pôr a exigir-lhe um ficha de leitura nem a pedir-lhe que resuma a obra). Acima de tudo, nunca dizer: "Quando fores mais velho, vais-me agradecer por teres lido isto..." ou "Se lesses mais, terias melhores notas."

Um livro deve ser educativo - Por quê? As pessoas também não têm de ser todas professoras... Há muitas coisas que um livro pode ser: educativo, divertido, para rir, para chorar, para pensar, para não pensar... Todos os tipos de livros devem fazer parte da experiência dele, como todos os tipos de comida devem fazer parte da alimentação. Aliás, se pensarmos bem, fartámo-nos de ler porcarias que não nos fizeram mal nenhum...
Um livro deve ser muito bem tratado - Cuidado com a cerimônia... Um livro deve ser uma pessoa de família, não uma visita. Não exija que os livros dele estejam todos muito limpinhos. É melhor que tenham dedadas de chocolate ou de marmelada e estejam lidos, do que passarem impolutos para a próxima geração.


Como comprar um livro de que ele vai gostar


Peça-lhe ajuda. Leve-o a uma livraria, deixe-o escolher e não faça comentários tipo: "Mas para é que queres essa porcaria?" Pode sugerir e orientar, mas sutilmente. Se ele quiser mesmo um livro, dê-lho.
Se não está com ele para ele escolher, pense em si quando tinha a idade dele e ofereça-lhe um dos livros que mais gostou de ler. Mas controle-se: faça o que fizer nunca diga - "Tens de ler este livro, eu adorei quando tinha a tua idade."
Ponha-se no lugar dele: o que o interessa mais? Fadas? Carros? Surf?
Tente dar-lhe um livro adequado à idade dele, nem demasiado difícil, nem demasiado fácil. Se tiver dúvidas, vá pelo demasiado fácil, ao contrário do que a maioria das pessoas faz. Não queira forçar a criança a ler uma coisa para a qual ela ainda não está preparada. Se calhar ela até consegue ler aquilo, mas não terá qualquer prazer nisso.


BONS INDICATIVOS SÃO: presença ou ausência de ilustrações, tamanho do livro, vocabulário. Não é preciso ler o livro todo na livraria: se não tem desenhos é óbvio que se trata de um livro para uma criança mais crescida, e se tem muitas páginas, é para alguém que já lê bastante bem.

Bem, para descontrair um pouco a garotada, vou deixar algumas piadinhas, afinal de contas, faz tempo que não faço isso não é? (risos)

- A Gramática do Joãozinho


Aí a professora começou a aula. Perguntou para o Joãozinho:

- "Joãozinho, me dê um exemplo de verbo."

Joãozinho: - "BICICRETA, professora."

Professora: - "Joãozinho, não é bicicreta, é BICICLETA ! E isto não é verbo, é substantivo. Agora dê outro exemplo."

Joãozinho: - "CREBRÔ, fessora."

Professora: - "Ótimo, mas não é CREBRÔ, é QUEBROU !"

Aí, a professora virou-se pro Joãozinho:

- "Joãozinho, agora me dê um exemplo de verbo."

Joãozinho: - "HOSPEDAR, fessora !"

Professora: - "Muito bem ! Agora, faça uma frase com este verbo."

Joãozinho:- "HOSPEDAR DA BICICRETA CREBRÔ ... "

- Criatividade escolar

Na volta às aulas, a professora animada expõe seus ensinamentos para a classe:

-A nossa mãe é uma coisa muito importante e, por isto, quero que cada um conte uma história e esta história deverá acabar com a frase: “Mãe só tem uma”.

E o Juquinha começou sua história:Um dia na hora do almoço, minha mãe, olhou para mim e disse:

-Juquinha vá lá na geladeira e pegue duas coca-colas, uma para você e outra para o seu pai." - Eu fui na geladeira e depois de olhar bem lá dentro, disse bem alto: - Mãe, só tem uma!

Beijos enormes no coração!!!

Até a próxima semana!


A Profª Graziela Florentino leciona Língua Portuguesa e Filosofia na Escola Nova Geração Triunfense.

Um comentário:

Unknown disse...

Ameii as piadas...assim como todo o conteúdo da sua matéria...
Parabéns...